O confinamento "obriga" a uma maior atenção ao que se passa em casa e no jardim.
Os olhos estão mais abertos e qualquer alteração salta de imediato.
Os limoeiros estão carregados e a laranjeira cheia de flor. A glicínia já mostra os seus grandes cachos violeta e o seu aroma peculiar começa a sentir-se. As strelitzias mantêm a sua beleza durante todo o ano mas, nesta altura, ainda se apresentam mais bonitas, para não perderem a corrida primaveril.
O hibisco mantém disputa acesa com a cameleira e as roseiras, embora rindo-se ainda pouco, já vão dando um ar da sua graça, que é muita.
Mais prosaicos, os tomateiros, a salsa, os coentros, as alfaces, os pimentos e os morangueiros, uns mais do que outros, aprestam-se ou já vão indo para a mesa, para serem saboreados sem companhia, que o tempo não vai para refeições com mais de duas presenças.
O bonsai está entusiasmado e o jasmim já trepa, verdinho, pelo algeroz. Há mais flores, arbustos, árvores de pequeno porte, e a excepção jacarandá, enorme, mas ainda sem flores.
Apesar disto tudo, há surpresas agradáveis, que agora chegam sempre que o Sol aparece.
As abelhas invadem o escovilhão, limpa-garrafas ou, mais cientificamente, o(a) Callistemon Rigidus. Está lindo, de um vermelho único. As abelhas trabalham nele que nem desalmadas, sugando o pólen das suas flores. Pacíficas, não nos ligam nada, mesmo quando nos encostamos à árvore. Aparecem de repente, assim que o Sol descobre e abalam tão depressa como chegaram.
Não faço ideia se estão "domesticadas" por algum apicultor ou se são livres de tutela. Mas que são bem-vindas, são!
1 comentário:
Gostei!
Enviar um comentário