Um grupo de jovens estudantes sobe a rua em conversa animada, tipo fazer planos para curtir.
Mochila às costas, skate debaixo do braço, são seis ou sete, rapazes e raparigas. Em fila indiana, pelo passeio, o grupo é comandado pelo mais baixo, que fala alto para todos ouvirem.
- Fxxx-se, estamos quase a chegar e já ali à frente é a descer, cxxxxxo. Tenham calma.
- E os carros?
- Que se fxxxm. A descida vai ser tipo fórmula um.
O skate é o carrinho de rolamentos dos tempos modernos e os apaixonados são viciados. Chegados à descida, aí vão eles a grande velocidade, a caminho do parque radical. Os automóveis seguem atrás, bloqueados pela prova que se desenrola rua abaixo.
Cá de longe, pareceu-me que o "mandão" não foi o primeiro a chegar e perdeu para uma das meninas. Não é importante, mas o velho regista-o. Importante é que se divirtam, tipo convívio bué da giro.
Tal como os hábitos, também a língua muda e tudo isso num abrir e fechar de olhos.
1 comentário:
A língua muda mas, parece-me, o vernáculo mantém-se.
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