quinta-feira, 15 de julho de 2021

Autárquicas

As eleições autárquicas estão à porta e a azáfama é grande. A necessidade de mostrar, de se dar a conhecer, de aparecer e ser visto, de inaugurar obra mesmo insignificante, faz parte do quotidiano de todos, ansiosos que os eleitores os adorem e lhes concedam a "benção" de os apoiarem, de preferência com notícia partilhada nas redes sociais e nos jornais da "santa terrinha".

E ideias? E projectos? E ser diferente? E ambição de mudar? Nada disto parece estar na primeira linha, tudo ou quase tudo se resumindo a um "dizes tu, respondo eu", como se a "farinha" fosse igual e o "saco" semelhante. Será?

Agora que a idade acentua a propensão para a calma, a crítica e a análise (presunção e água benta, cada um toma a que quer), fico olhando, vendo e ouvindo os candidatos e, se de alguns já não tinha qualquer esperança em algo de novo, outros cheiram a mofo, outros há que me parecia (parece) poderem trazer algo de diferente.

Ainda vão a tempo! Deixem-se de tricas com e sobre o poder instalado, que pretende manter-se igual a si próprio. Tragam ideias novas, futuro, esperança, vontade, diferença, perspectiva, balanço, coragem, e digam isso sem peias nem medos. Não abram portas ao passado e apresentem novos modelos, que a hora é de mudança.

Não se submetam aos cânones do malfadado politicamente correcto. Disso já temos que chegue e estamos todos fartos!

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