quarta-feira, 14 de julho de 2021

Ciclismo

Sentado na cadeira frente ao televisor, canso-me sem me mexer e fico tenso sem sair do lugar. 

A RTP2 transmite, em directo, mais uma etapa do Tour de France, que hoje atravessa os Pireneus. Sempre que me é possível, assisto. E pasmo. Como é possível aguentar tanto e ainda conseguir sorrir.

Quando descem, fazem-no a velocidades vertiginosas que, neste ano, já várias vezes passaram os 100 quilómetros à hora. Se sobem, as montanhas parecem nunca mais acabar, o frio deve ser terrível e as bicicletas quase que param, apenas empurradas pelos "motores" daqueles ases do pedal, e do guiador, e dos travões, e da coragem, e do sangue-frio, ... e que às vezes dão quedas (este ano já foram várias) que fazem doer a quem está bem longe e nada tem a ver com aquilo.

Há dois portugueses no pelotão - Ruben Guerreiro e Rui Costa - e todos os dias se vêem várias bandeiras do nosso país, agitadas por compatriotas que vivem por toda a França. As paisagens que as câmaras nos exibem valem, só por si, o tempo "perdido" a olhar para o televisor. O ciclismo é sempre um grande espectáculo que, na televisão, ainda se torna mais belo.

Nota: Passam hoje 232 anos da tomada da Bastilha, acontecimento que abriu as portas à Revolução Francesa. Saíram dela as palavras que são (ou deveriam ser) a essência e o quotidiano da humanidade: Liberté, Egalité, Fraternité.

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