Décimo Poema do Pescador
Nem sempre o robalo vemnem sempre ele traz aquele inexplicável e fundomistério de pulsar como o coração de alguémou talvez como o próprio coração do mundo.Nem sempre me toca a graça e nem sempre estáo vento de feição. E no entanto procuroincansavelmente procuro o não sei quê que jámuitas vezes me trouxe um coração no escuro.Não há senão esse buscar. Esse incessantenavegar pelo sonho essa viagemde Ulisses sem regresso. Como alma errantenão mais que um viajante de passagem.Um intruso no mar um algo a maispela noite adiante obsessivamente procurona página nos astros nos canaisum verso um peixe um coração no escuro.Eu pescador Ulisses alma errantenavegador da noite procuro nem sei bemuma luz um robalo um breve instante.O coração do mundo. Ou de ninguém. Ou quem.Senhora das TempestadesManuel AlegreDom Quixote (1998)
Casa situada na cidade das Caldas da Rainha, "nascida" em 1976, numa rua sossegada, estreita e, desde Abril de 2009, com sentido único. Produção: dois frutos de alta qualidade que já vão garantindo o futuro da espécie com quatro novos, deliciosos. O blog é, tem sido ou pretendido ser uma catarse, o diário de adolescente que nunca escrevi, um repositório de estórias, uma visão do quotidiano, uma gaveta da memória.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023
Palavras bonitas
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