Uma gaivota voava, voava ...
Cansou-se. E nada melhor que o mastro - não o maior do mundo que esse é pertença dos Deolinda, mas o que assinala a escola de vela - para conceder a si própria o merecido descanso.
Pousou, bicou-se para ter a certeza de que tinha chegado a bom porto, e por ali ficou, extasiada com a paisagem, protegida do vento que não soprava, e com o mar, lá ao fundo, a marulhar, sem lhe causar qualquer incómodo mas não a deixando esquecer que, por lá, ficam os seus domínios.
Aprecia os passeantes, espreita os pescadores, mira o voo dos patos, tão diferente do seu. Agora tem mais um motivo para por ali ficar: chegou o paddle, essa nova actividade aquática que cada vez atrai mais pessoas, remando no remanso das águas, suando as estopinhas quando a maré tem força para contrariar os atletas. Mas parece valer a pena, a avaliar pela elegância que se vê nelas e pela peitaça que surge neles.
Estão na moda as pranchadas na lagoa ...
1 comentário:
A gaivota pousou. Quem sabe não estaria a pensar que merecia ser protagonista de um belo conto, escrito por algum bom escritor.
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