O céu mantém-se limpo e a temperatura faz inveja a muitos dias de Verão cá do cantinho oestino, que nunca é pródigo em calor intenso e onde não se diz: está cá uma brasa!
A caminhada na manhã de hoje trouxe o suor à testa, evidenciando não a dureza do ritmo, antes a temperatura alta e ausência do vento habitual, que conhecemos tão bem e que adoramos. Apesar disso, as conversas fluíram e resolveram-se muitos assuntos, com as certezas do costume.
A vida de quem já não está de férias vai voltando à correria normal e a casa deixou de ser, felizmente para uns e o contrário para outros, o local de trabalho que a pandemia implantou; os autarcas eleitos vão tomando posse e espera-se muito da sua prometida genica e empenhamento; a selecção de Portugal deu ontem cinco ao Luxemburgo, em jogo que nem deu para sentir os nervos costumeiros; os números da pandemia diminuem mas os mais pessimistas, entre os quais me incluo, ainda se mantêm preocupados; o vulcão das Canárias já não abre telejornais mas continua a semear desgraça na ilha; o orçamento do Estado foi apresentado, abre todos os noticiários e dá o mote para todos os cenários, apesar de a grande maioria não entender nada daqueles números enormes e complexos que, afinal, não passam de previsões. E se?
Paulatinamente, tudo regressa ao ramerrame e o Natal já está aí à porta. A empresa das iluminações já levanta tubos, estende arames, monta arcos na cidade, para lembrar o consumo e a tão necessária recuperação da economia.
Preocupante, apenas um pequeno facto: parece que os quadros de Rendeiro, dos quais a "Rendeira" é fiel depositária, podem afinal ser falsos e não valerem nada. É uma grande chatice para o homem, que fez a compra e foi enganado, para o falsário, que incorre num crime muito grave e para os credores, que contavam com aquela fortuna e, afinal, a pólvora deu mijarete.
Com tantos problemas, como há-de a justiça ser célere.
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