- Despistado
Quase nunca acerta no melhor caminho. Raramente o percurso mais rápido é descortinado e, muitas vezes, só a meio da viagem se apercebe de que, afinal, podia, e devia, ter escolhido outro.
Liga o "piloto automático" e confia nas suas capacidades de decisão improvisada e no conhecimento que detém há tanto, tanto tempo. Afinal, não há rua nenhuma da cidade que não conheça, e bem. Para quê estar a perder tempo com análises e planeamentos? De repente ...
- Mas não era por aqui ...
E lá desaparece mais um litro de gasolina, que está tão cara, diga-se de passagem, porque a volta, agora, será muito maior para chegar ao destino.
- Parece impossível. É só dar à chave. Nem pensa ...
Há sempre vários caminhos para se atingir um objectivo. E vale a pena experimentar, ousar, tentar, inovar, perceber, procurando sempre o caminho crítico que há-de levar ao destino pretendido por cada um de nós e que varia sempre, até com o sol do dia ou o cinzento das nuvens.
O futuro está aí, à porta, e parece que os automóveis, um dia destes, já nem precisarão de chave quanto mais de ser conhecido o caminho. Um simples contacto biométrico, uma ordem sussurrada, e ei-lo a arrancar com rumo certo e determinado, sem falhas.
Talvez esteja para breve a sua chegada, a tempo, ainda, de corrigir todos os "nabos" que não cuidam do percurso antes de iniciarem a viagem e se deixam seduzir pelo improviso. Poupará tempo, evitará contratempos, não falhará, mas será sensaborão e não terá graça nenhuma.
É tão bom perceber que nos enganámos e que, afinal, o caminho não era bem por ali.
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