O FIDALGO E O LAVRADOR
É meia noute. No baileFolga tudo e tudo dança.Á mesm'hora o lavradorNo seu casebre descansa.Uma hora. No palacioAgora vae-se almoçar.Na choupana o lavradorJá terminou de jantar!Dorme o fidalgo num leitoDe pennas, sobressaltado.Em taboas o lavradorRepousa, mas socegado!Poesia CompletaMário de Sá-CarneiroTinta-da-China (MMXVII)
Mário de Sá-Carneiro nasceu no dia 19 de Maio de 1890 e faleceu em 26 de Abril de 1916.
Datou estes versos de 24 de Abril de 1903. Mudou muita coisa desde esse dia: a ortografia, o vocabulário, a vida ... mas ainda se mantêm muitas semelhanças.
2 comentários:
Há muita coisa que ainda não mudou, infelizmente.
Há muita coisa que ainda não mudou, infelizmente.
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