À medida que os anos vão passando, a necessidade de dormir vai diminuindo, proporcionando, assim, mais tempo ao pensamento, ainda que este não o aproveite como devia e era suposto acontecer.
Vivemos na sociedade do efémero, onde a notícia de há pouco já está ultrapassada e, as mais das vezes, esquecida. Outros valores mais altos se alevantam ...
Se é assim para quem ainda vai procurando estar atento ao que é noticiado, o que acontecerá a uma grande parte que consome as suas horas de ócio - e muitas de trabalho - a dobrar a cervical e a usufruir esse singular prazer oferecido pelo aparelhinho que, dizem, Alexander Bell inventou. Evoluiu tanto, mas tanto, que serve para tudo, até para fazer chamadas telefónicas.
Apreciar esses teledependentes na rua é tarefa facílima e com piada, sem haver necessidade de procurar muito para encontrar exemplares ao virar da esquina. No passeio, o homem lá segue completamente absorto, decerto esperando que o barulho dos pés do outro o alerte e a colisão se evite; na passadeira, a menina nem olha para o trânsito, confiando que, se houver algum condutor distraído, o aparelhinho lhe dará a informação e evitará o acidente.
Vamos andando, ouvindo que o telemóvel novo é Bué da fixe, tem uma câmara tipo máquina que tira fotos muita giras e até faz filmes bué top.
- Já sabes daquilo?
- Claro! Vi no Face, mas no Insta estão bué fotos.
- Parece que ela, agora, vai pôr no Tik. Vai ser bué da fixe!
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