Depois de uma semana de sol radioso, apenas toldado pela escuridão de alguns figurões e figuronas (acertemos o passo com a moda) que, a qualquer preço, tentam gravar o seu nome nos anais da governação e nos respectivos currículos, volta a chuva. E com violência. Provoca algumas inundações e a molha, impiedosa, dos jornalistas televisivos que têm o azar ou são obrigados a estar de serviço à reportagem do momento, ouvindo o balanço do primeiro transeunte que apareça disponível para as câmaras.
Bem melhor deve ser correr atrás de ministros e ministras (acertemos o passo com a moda), de microfone em punho e perguntas, repetidas mil vezes, na ponta da língua.
- Não sabia?
- Já disse tudo o que tinha a dizer no local próprio. Agora vou trabalhar ...
- Mas ... acha que tem condições?
- Já disse tudo ...
- E não se demite?
Peripécias que se têm repetido nos últimos dias, por haver gente sem escrúpulos e que não se enxerga. A obtenção da primeira página, da abertura do telejornal, do cargo no currículo, da importância na ribalta, do acesso às portas que o poder abre (?).
Quase meio século passado, parece haver quem queira chamar o antigo, dar oportunidade de uns garganeiros gritarem e gesticularem, trazer excepções como retratos de regra. O exercício de qualquer cargo, público ou privado, deve acontecer com rigor, dedicação e empenho, tendo presente que poder não é colar cartazes em qualquer parede mas antes tomar decisões que, desagradando a alguns, tenham o bem de todos por objectivo.
Quem tem rabos de palha deve ficar instalado no palheiro onde os criou e esperar que o tempo passe...
1 comentário:
Grande verdade….”quem tem rabos de palha fica no palheiro”
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