sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Questionário

Não vale a pena insistirem. Recuso liminarmente ser convidado para Secretário de Estado e muito menos para Ministro. Bolas!

Trinta e seis perguntas para responder, num questionário que nem sequer é de escolha múltipla, é obra. Decidi: nem pensem. António Costa que me desculpe, mas não colaborarei. Ainda por cima, o questionário será destruído logo que o seu "respondente" cesse funções, o que, nalguns casos, pode significar pouco mais de 24 horas. Também neste aspecto, a minha alma fica parva e sem conseguir encontrar explicações.

Um papel, ou melhor, um documento tão importante, preenchido com todo o rigor e sapiência, subscrito por declaração de honra, essencial à vida de todos nós e ao conhecimento dos vindouros, deveria, no mínimo, ter lugar na Torre do Tombo ou, até, num Museu a construir para esse fim específico, talvez utilizando as verbas do PRR ou algum edifício devoluto dos muitos que há na capital.

Mas pronto. Está decidido e quem quiser subir a escada, tem de se dar ao incómodo de responder, com cuidado, para que nada seja omitido. As respostas não podem ser "Sim", "Não" ou "Talvez" e é importante que não contenham erros ortográficos, não vá o diabo tecê-las e alguém as divulgar nesse mar imenso das redes, causando um total descrédito de quem tanto tem de se aplicar. A extensão do "exame" e o nível de respostas exigido deve pressupor que o candidato a ele dedique pelo menos um dia.

Para além de ter de responder aos "rabos de palha", o candidato também fará, em simultâneo, prova inequívoca de que sabe ler e escrever, não necessitando de evidenciar capacidade para contar, porque isso é feito pelas máquinas.

E o mestre André a esfregar as mãos ...

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