As expressões, tal como as pessoas, mudam com o tempo, mesmo que mantenham a mesma terminologia.
- Fui à lenha e vim com os bofes à boca!
Foi o que aconteceu hoje. Mas não fui ao pinhal ou a qualquer outro sítio onde haja árvores. Fui ao comerciante, um "rapaz" da minha idade, que a compra, manda cortar e rachar, e a guarda nos barracões, enormes, que tem no quintal.
Conversámos, recordando tempos passados e antevendo um futuro que se afigura ser (é mesmo) mais curto do que o passado, contrariando o que sabíamos, de ciência certa, quando brincávamos na mesma escola e antevíamos uma vida cheia, sem fim nem no horizonte.
Carregávamos o carro quando a chuva nos visitou. Apressámos o trabalho e a conversa acabou. O corpo (já) não suporta água caída do céu, ao contrário do que acontecia em miúdos, e já vai sendo difícil falar e trabalhar ao mesmo tempo, quando o que se está a fazer exige algum esforço físico.
Ainda bem que a bagageira do carro não é um atrelado e muito menos a carroçaria de um camião. Acho que demoraríamos toda a vida e mais seis meses a concluir o trabalho.
1 comentário:
Só lembrar que toda a lenha aquece três vezes. A primeira, está cumprida.
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