sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Loja

Decidida, vestida de forma fresca, como convém estar para o calor que ainda faz quase no final da tarde, não deverá ser quarentona, mas andará perto. Ao seu lado, com algumas dificuldades em acompanhar o ritmo da passada, um marido, namorado, amigo colorido ou similar, seguramente sexagenário. Leva os medicamentos que foram adquirir na farmácia de onde saíram.

Ela determina, alto e sem admissão de réplica, naquele sotaque açucarado que só há no português do Brasil:

- Agora vou na loja. "'cê" espera no carro. Não devo "demorá".

- Não pode ficar para amanhã?

O comando abriu o carro. Ela sentou-se ao volante e ele "pendurou-se". O motor ouviu-se e o Renault seguiu viagem.

Não soube onde era a loja, mas fiquei curioso ...

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