quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Papel

O embaixador Francisco Seixas da Costa diz hoje, no seu blogue "Duas ou três coisas", que deixou de comprar as "toneladas" de jornais que costumava adquirir, por altura das férias, à "menina da tabacaria".

Sem qualquer intuito de comparação, bem longe disso, também cá por casa vão rareando os jornais em papel, resumindo-se, por teimosia intrínseca, ao Expresso semanal, comprado no quiosque, e ao Jornal de Letras, à Gazeta das Caldas e à Visão que o carteiro (profissão em vias de extinção!?) vai trazendo, quinzenalmente, o primeiro, semanalmente, os outros dois. Mas a avidez da leitura desapareceu e o ritual tem tendência a copiá-la em breve, quando a coragem para quebrar a regra o permitir. 

As notícias hoje fervilham, são despejadas por todos os meios, repetidas até à exaustão ou até surgir um novo acontecimento mais apelativo aos olhos e aos ouvidos das audiências ávidas. Inúmeros "jornalistas" das redes sociais, das mensagens no telemóvel, dos mails, inundam-nos a todo o instante e despertam-nos a impaciência.  E com a grande "vantagem" de serem sistematicamente opinadas pelos grandes "sabões" de tudo o que acontece e de mais um par de botas.

É o progresso, a actualidade, o desenvolvimento, ou, como dizia a minha mãe, já não é o meu tempo ...

Vamos persistindo nos livros (hoje chegaram mais dois), muito por teimosia e porque esses não perdem actualidade e vão exercitando os "dez réis de caco" que ainda se mantêm à tona.

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