Há três dias seguidos que a Foz nos brinda com mar calmo, ausência de vento e água quentinha, a rondar os dezasseis graus, de acordo com as entidades que disso sabem. Parece o Algarve ... para quem está habituado a senti-la "cortar" os artelhos.
Começa-se a estranhar e a comentar que deve haver lapso do S. Pedro e que, "amanhã", já deveremos saudar o regresso ao velho normal do vento, nevoeiro, pouco sol e mar bruto. A ver vamos ...
Com esta situação meteorológica, até o peixe-aranha resolveu dar um ar da sua graça e passar por aqui, para que nos lembremos dele. Cobarde como é, estava escondido na areia, sem ninguém dar por ele, nem sequer a dona da Casa, que costuma estar atenta a tudo e ter um sexto sentido para os perigos.
- Ai que já fui mordida por um peixe-aranha.
Havia médico e enfermeira no grupo, o que garantia a eficácia do socorro, se tal fosse necessário.
- Tens de ir ao banheiro. Eles têm um spray e, depois, mergulhas o pé em água quente durante quinze minutos e passa.
Até o médico tem o vocabulário desactualizado. Agora banheiro só no português do Brasil, para designar o local onde se escrevem as "cartas ao António". Os técnicos que garantem a vigilância nas praias são nadadores-salvadores.
O Posto de Socorros fica longe das rochas e o caminho foi feito, com a pressa possível e o esgar próprio de quem tem dores agudas. Simpático, o nadador-salvador pôs em prática tudo o que tinha sido antecipado por quem "sabe da poda". O pé ficou novo ...
O peixe-aranha, entretanto, já deve ter tomado o caminho do Algarve, prevenindo o esperado arrefecimento da água na Foz.
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