domingo, 5 de junho de 2022

Domingo

Cavaco tem toda a razão. Já nada é como no tempo em que ele governava, todos eram muito felizes e viviam em harmonia plena, seguindo as suas doutas instruções e sapiência. Nem já o tempo se comporta como devia e parece ignorar todas as louváveis indicações recebidas.

Para o primeiro domingo de Junho está determinado, se não na Constituição da República, pelo menos na regulação consuetudinária, que há lugar a uma ida à Foz, para regalar a vista, refrescar o pulmão, andar na areia e dar, ao menos, um mergulho. Fiz a parte que me competia e, logo pela manhã, fui até lá.

Porém, há sempre quem prevarique e não cumpra as suas obrigações, continuando, contudo, a reclamar o seu direito à existência e, quiçá até, à remuneração que lhe foi atribuída para executar a função de tudo deixar fluir, sem interferir nem mandar palpites. 

O mar estava chão, a temperatura da água devidamente aquecida pelo "esquentador" da Foz, que nunca prima por trabalhar com muita força, o norte apenas enviava uma ligeira brisa que mal se notava e o sol, faltou. Sem qualquer justificação e contrariando as determinações da senhora do IPMA que, coitada, agora se verá obrigada a fazer um relatório exaustivo e justificativo do seu falhanço de previsão.

Mas, há sempre um mas: a ausência do sol determinou a mudança da cor do mar, que passou de azul a verde, dando à imensa "planície" uma infinidade de tons, bem visíveis até à Berlenga.

Conclusão: há sempre algo de positivo em qualquer ida à Foz.

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