quinta-feira, 30 de junho de 2022

Aeroporto

Por mais que o vento fustigue e trame as boas manhãs de praia, há sempre algo que acontece e anima o dia.

Foi ontem anunciado, pelo Ministro Pedro Nuno Santos, com pompa e circunstância, que, afinal, quase meio século depois, havia sido decidido que não íamos ter apenas um novo aeroporto mas sim dois, um no Montijo e outro em Alcochete, ambos com vista para o estuário do Tejo, que é lindo em qualquer época do ano e, por si só, atrai muitos milhares de turistas. 

Hoje, o Ministro teve de voltar à ribalta para se penitenciar, por ordem de António Costa, que um erro de comunicação o fez divulgar a decisão, sem a comunicar previamente ao Primeiro-Ministro e ao Presidente da República e, pasme-se, sem ter obtido o beneplácito do líder do principal partido da oposição, que ainda não o é mas vai ser no próximo fim de semana, acrescente-se com o rigor que estes assuntos requerem.

São "malhas que o império tece" mas o sapo não deve ter sido nada fácil de engolir e muito menos de digerir, lá isso não.

Acalmada a ventania, surgirá a decisão e será aplaudida por vir muito atrasada, tal como muitos aviões, e ser indispensável para o progresso do país.

E, c'os diabos, mais uma semana, um mês, ou anos, não tem relevância nem importância. Quem esperou 50 anos ...

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