Em tempos idos, as ervas que enxameavam as terras eram raspadas superficialmente para, de seguida, serem enterradas, enriquecendo a base das culturas que aí iriam ser lançadas. A tarefa de raspar as ervas, normalmente executada por mulheres, por não ser tão exigente do ponto de vista físico quanto a cava, era chamada de estona. Estonar precedia a cava e a sementeira e considerada essencial para que a cultura, qualquer que fosse, tivesse êxito.
O mesmo princípio - rapar, não as ervas mas os pêlos - se aplica ao cabrito, na zona de Oleiros. O cabrito estonado é depois assado no forno e, logo de seguida, colocado nos pratos para que cada um dos comensais o saboreie e se delicie.
Vale a pena, foge-se à vulgaridade, aproveita-se para satisfazer a vista com paisagens lindas e para conviver com gente amiga, vencendo o hiato que a pandemia decretou.
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