segunda-feira, 8 de agosto de 2022

"Lusíadas"

Não faço a mais pequena ideia de quem é José Gabriel, nome indicado como autor dos versos populares, verrinosos, sarcásticos e tão assertivos que as novas tecnologias me fizeram chegar, através de uma familiar residente a uns bons quilómetros daqui, há já dois ou três dias.

Resisti a transcrevê-los pelo desconhecimento referido e pela hesitação própria de quem não gosta de pessoalizar demasiado os textos que por aqui vão ficando. Mas ... há sempre um mas de desculpa, pensando bem, a ida do primeiro português ao espaço é tema tão importante e transcendente que justifica o espaço ocupado e o gozo que dá.

Arquivemos, por isso, a nota do facto, contado em verso rimado, como convém a tão épica aventura.

I
"Eu canto Mário Ferreira, o falonauta
Que em pila voadora ao céu subiu.
Cuidando ser do espaço um astronauta,
à patranha do Bezos sucumbiu.
Dez minutos voou - façanha lauta -
E logo prestes do alto céu caiu.
Pagou milhões só para ir ao ar,
Mais lhe valera ter ido à Feira Popular.

II
Agora, compara-se aos maiores,
Supera-os até, é bestial.
Recebam com loas, bandas, flores,
este novo herói de Portugal.
Nem os reis lhe foram superiores,
qual Gama, qual Álvares Cabral!
Ao céu foi, em nave maneirinha
Inspirada nas Caldas da Rainha."

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