Não faço a mais pequena ideia de quem é José Gabriel, nome indicado como autor dos versos populares, verrinosos, sarcásticos e tão assertivos que as novas tecnologias me fizeram chegar, através de uma familiar residente a uns bons quilómetros daqui, há já dois ou três dias.
Resisti a transcrevê-los pelo desconhecimento referido e pela hesitação própria de quem não gosta de pessoalizar demasiado os textos que por aqui vão ficando. Mas ... há sempre um mas de desculpa, pensando bem, a ida do primeiro português ao espaço é tema tão importante e transcendente que justifica o espaço ocupado e o gozo que dá.
Arquivemos, por isso, a nota do facto, contado em verso rimado, como convém a tão épica aventura.
I
"Eu canto Mário Ferreira, o falonautaQue em pila voadora ao céu subiu.Cuidando ser do espaço um astronauta,à patranha do Bezos sucumbiu.Dez minutos voou - façanha lauta -E logo prestes do alto céu caiu.Pagou milhões só para ir ao ar,Mais lhe valera ter ido à Feira Popular.
II
Agora, compara-se aos maiores,Supera-os até, é bestial.Recebam com loas, bandas, flores,este novo herói de Portugal.Nem os reis lhe foram superiores,qual Gama, qual Álvares Cabral!Ao céu foi, em nave maneirinhaInspirada nas Caldas da Rainha."
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