quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Futuro

Já está aprovado, na generalidade, o Orçamento de Estado para o ano de 2023, estando, por isso, garantido que todos os problemas serão resolvidos ou que todos serão agravados, consoante a perspectiva e o posicionamento político dos deputados sentados na AR. 

Nenhum dos lados da barricada pode garantir que as previsões sairão certas ou erradas, sendo que o mais provável é ninguém acertar. Os orçamentos assentam, todos, em previsões que, no caso do OE, suportam opções políticas. Em teoria, serão objecto de concretização no ano a que se referem. 

Se já é difícil, ou até impossível, acertar em circunstâncias normais, a actual conjuntura garante, sem margem para quaisquer dúvidas, que só um bambúrrio fará com que os números e as políticas explicitadas venham a corresponder à realidade conseguida.

A economia de guerra que parece estar (ou já está) a caminho e o aumento das taxas de juro hoje anunciado pelo Banco Central Europeu - apesar do comentário contrário à decisão logo feito pelo nosso sempre atento e opinioso Presidente - parecem indiciar que o mar vai estar encapelado e que não irá ser fácil nadar nas marés fortes que, inevitavelmente, surgirão no próximo ano.

Fica a esperança (há sempre esperança) que as "cabeças" europeias tenham capacidade de análise e de decisão, e que os interesses de todos se sobreponham aos de cada um. Aos políticos europeus, que estarão conscientes de que não há dois países iguais, cabe a responsabilidade de impedirem a ruptura e a obrigação de segurarem a Europa unida na diversidade.

Sem comentários: