quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Lápis

Foi a primeira ferramenta de escrita que usei e isso talvez justifique o gosto que ainda se mantém em escrever a lápis. Sempre que necessito de escrevinhar algo, por curto que seja, a tentação é forte e, bastas vezes, o rascunho a lápis sobrepõe-se à tentação de digitar directamente no computador, ainda que haja alguma habilidade com o teclado (presunção e água benta ...).

Para além disto, o lápis sempre me acompanhou na leitura, servindo, em tempos, para anotações despertadas pelos conteúdos ou para comentários que, um dia, alguém lesse e achasse bem estúpidos. Estão por aí muitas provas, que não deixam esquecer essa fase. Agora já não comento nada, mas o lápis continua a acompanhar-me nas leituras.

A edição dos livros sofreu, julgo, transformações imensas no decorrer dos tempos e, ultimamente, deverá estar entregue aos programas informáticos que, automaticamente, se encarregam de efectuar as tarefas antes desempenhadas por aqueles senhores que liam e reliam as provas tipográficas, buscando a "gralha" que podia deitar um trabalho difícil para o lixo.

E é aqui que entra, de novo, o lápis: raro é o livro que não contém "gralhas" e erros ortográficos grosseiros, como os que detectei no livro cuja leitura está em curso: destinguem e caír.

O lápis, zangado e chato, assinala, corrige e sorri ...

Sem comentários: