domingo, 16 de janeiro de 2022

Burros

Se não fosse a baixa temperatura que se faz sentir, poderia dizer-se que a Primavera estava a chegar, trazendo as flores, o sol, a luz do dia até mais tarde, o prenúncio do Verão e dos banhos de mar, enfim, um sinal de que esta "coisa" que nos acompanha há dois anos poderia estar a tirar bilhete para apanhar algum transporte que a levasse para nenhures, onde se afogasse, sem hipóteses de alguém lhe deitar a mão.

Nada disso. Os números continuam altíssimos e, apesar da dita benignidade da actual variante, os que partem não podem nem são irrelevantes. Apesar de tudo isto, continuam a ter peso os que negam as evidências, que se apresentam como heróis da liberdade e paladinos do discurso do "contra", e que, digo eu sem qualquer base científica, são daqueles que, à mínima dorzita, correm a mata-cavalos para a primeira porta de urgência hospitalar que lhes apareça pela frente, ou de lado, tanto faz.

E não têm um pingo de vergonha de se exibirem, como aquele rapazinho que é só o melhor jogador mundial de ténis da actualidade e deve ter imaginado (ou alguém lhe soprou) que isso do cumprimento das regras é só para os outros, estando as pessoas importantes acima dessas minudências.

Para esta gente, lembro-me sempre de uma frase de uma antiga professora da minha escola:

"Ora valha-lhes um burro aos coices e três aos pontapés" 

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