É raro tratar o meu neto Gil pelo nome próprio. O cumprimento, sempre efusivo, é antecedido de "olha o meu neto Grande" e ele sorri, delicado e, julgo, deliciado. E é grande por ser o mais velho dos quatro, já ser maior do que o avô e por ser um excelente aluno, um óptimo atleta e uma pessoa excepcional.
Não fica bem estar a dizer isto mas quem confessa a verdade não merece castigo e presunção e água benta, cada um toma a que quer.
Nesta altura, o meu neto deverá estar a fazer o percurso de Málaga até ao Jamor, dentro de uma carrinha da Federação Portuguesa de Natação, que o levou na quinta-feira passada até Espanha. Pela primeira vez, o meu neto Grande foi representar o país, integrado na Selecção Nacional de Natação da sua categoria (Pré-Júnior). Foi o corolário de um trabalho diário, difícil, agravado pelas vicissitudes da pandemia e o prémio para uma dedicação sem limites.
É um fim-de-semana que se deseja ver repetido no futuro e que lhe ficará na memória para sempre. O avô adora vê-lo nadar, mas só em treinos ou em vídeo. Em competição, ao vivo, ele sabe bem que a emoção me trairia e dispensa-me.
Parabéns, meu neto GRANDE. Foste ENORME!
2 comentários:
Muitos parabéns amigo Orlando, aposto que estas suas palavras deixam o "puto" de queixo caído. Grande abraço.
com receio de sermos presunçosos não era de bom tom verbalizar orgulho... hoje percebo a intenção mas é bom ver que o tempo trouxe a certeza de que orgulho não implica necessariamente presunção. o neto ganha com a verbalização. e eu já não preciso porque sei ler silêncios ;) adoro-te, querido Pai!
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