terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Guerra ou ficção

Tão depressa a guerra está iminente como a diplomacia está a conseguir, com as suas diligências, um acordo que a permitará evitar. Uns dizem que se sentem ameaçados com a proximidade da NATO, os outros respondem que são um país soberano e pretendem a ela aderir.

Nos últimos dias, a possível invasão da Ucrânia pela Rússia tem sido a notícia mais badalada e tratada, parecendo estar em causa uma pequena excursão de fim de semana, para a qual é necessária alguma preparação e cuidado. A realidade pode ser bem mais grave e produzir consequências terríveis. Entretanto, as informações baralham, dão perspectivas, sugerem causas, apontam futuros, marcam dia para o começo, geram boatos, transmitem apreensões.

Ninguém de bom senso espera de uma guerra algo de positivo. Quem já a sentiu por perto sabe que "o boato fere como uma lâmina" e que faz parte da estratégia. Que não passe disso, que não aconteça, mesmo que daí surjam dificuldades e contratempos que as necessárias cedências inevitavelmente produzirão.

A esperança é que o diálogo com o inimigo exista, como foi preconizado, há tantos anos, pelo grande Raúl Solnado.

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