segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Palpites

Não percebo nada de saúde. Aliás, percebo muito pouco de alguns assuntos e nada da grande maioria, por muito que se diga que a modéstia em demasia é defeito. E não devo ser o único, tanto quanto me indicam as sondagens que faço nas conversas, nos contactos, no dia a dia da vida, e que são muitíssimo mais fiáveis do que as que foram efectuadas sobre os resultados eleitorais.

Apesar disso, vou tendo opinião e procurando manter-me informado, embora as notícias sejam feitas, na sua grande maioria, pela opinião de alguém com quem o repórter, apressadamente, estabelece uma conversação pouco mais que fortuita. 

- Então, a vacina fez muito doer no bracinho?

- Foi decisão dos papás ou tiveste opinião?

- Está à espera há muito tempo?

- E é tudo, por aqui, voltaremos daqui a pouco com mais pormenores.

Uma das notícias importantes de hoje é sobre a existência de muitos milhares de portugueses sem médico de família, situação que se agravará até ao final do ano em consequência da passagem à reforma de cerca de 1.000 médicos dessa especialidade. O tema, presumo, é caro a toda a gente, a começar por mim, tendo sempre presente que a saúde é um bem essencial, que deve ser cuidada e estimada. Não faço a mais pequena ideia de quantos doentes estão afectos a cada médico de família, mas julgo que não seria despiciendo fazer uma investigação jornalística ou, quem sabe, um estudo científico, sobre o trabalho que estes doentes dão, a periodicidade com que se deslocam ao Centro de Saúde, as razões que os levam lá. Seria uma forma de saltarem as necessidades prementes e de avaliar o sacrifício de muitos e o bem estar de alguns.

Talvez houvesse surpresas, quer nos ficheiros considerados activos quer na utilização dos serviços, pelos doentes recenseados. Porém, tudo isto não passa de considerações de um "achista" empedernido, que não tem nada de relevante para fazer, e cujas, elas, as considerações, não têm o mínimo de interesse ou qualquer relevância.

O importante é que Portugal se sagrou bi-campeão europeu de futsal e eu vibrei com o desenrolar do jogo e, mais ainda, com o resultado final: Portugal - 4 / Rússia - 2, ou como estava bem explícito no cartaz de um adepto presente no pavilhão Bagaço > Vodka. Elucidativo ...

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