sábado, 26 de fevereiro de 2022

Loucura

Por maior que seja o esforço para o não fazer, é inevitável falar da guerra que está a acontecer, ali ao lado, na Ucrânia. Não que perceba alguma coisa do que por lá vai, saiba ou entenda alguma das razões, ou tenha a condescendência para as suportar. Nada justifica a violência, qualquer que seja o motivo e por muito importante que o seja. Como em todas as guerras, a grande maioria que sofre é completamente alheia aos interesses que a desencadearam e apenas lhe resta tentar salvar-se, a si e aos seus.

Caminhamos sobre um barril de pólvora, manipulado por gente sem escrúpulos, que coloca os (seus) interesses económicos de uns quantos em detrimento dos muitos, num terreno minado onde apenas existem pequenos carreiros de sobrevivência e, ainda por cima, não acessíveis a todos.

Na selva em que o mundo se tornou, se alguma vez deixou de o ser, ninguém parece conseguir controlar o "leão", arvorado em rei dos animais, sem regras nem controlo, debitando ódio e ordens para a "floresta", sem ter presente que mesmo as pequenas formigas têm direito à vida.

Parece decalcado daquele outro que foi derrotado em 1945. Deu-se ao luxo de, nos últimos vinte anos ou mais, ter vomitado intenções que foi concretizando, pouco a pouco, sem que ninguém se lhe opusesse e o impedisse. A condescendência com os loucos só pode existir até ao momento em que a sua demência não ponha em causa a sanidade dos outros, tal como deve acontecer com a liberdade.

Assobiar para o lado confirma-se que não é solução.

1 comentário:

Anónimo disse...

👍